Lilly Farias
Chove sobre as superfícies inundadas da alma. As gotas sobem do chão e entram pela pele reivindicando seu espaço primeiro. Os átomos de cada corpo se agitam e se debatem na revolução dos subsistemas. Desejos que nascem nos olhos e morrem na boca. As mesmas bocas que discutem as obras de Buñuel e Salvador Dalí. Não existem bocas, não existem olhos, nem braços, nem pernas: apenas o suor e os sons abreviados pelo espaço inerente. Como tudo acaba em palavra, existe, por fim, um palavra: Surreal.
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