Lilly Farias
Acordo entre os acordes de uma música que vem de longe. Onde estou? Quem eu sou? Qual a razão disso tudo?
Minha alma atordoada passeia entre o bem e o mal.
O meu sorriso de menina que não sabe o que virá no futuro esconde medos perdidos em um espírito solitário.
Eu queria pedir pra você ficar. "Não, por favor, não vá embora." Mas há regras dizendo como não agir, como não falar e como não pensar.
Eu queria que você ficasse, me colocasse no colo e dormisse ao meu lado. Eu queria dizer no teu ouvido o que a minha razão insiste em calar. É só você quem pode ocupar esse lugar ao meu lado, na minha vida, no meu ouvido e na minha cama. Eu parafrasearia o Djavan e diria que os "teus sinais me confundem da cabeça aos pés", e o meu desejo segue te devorando dia e noite.
Lilly Farias
As horas se atropelam, os dias se atropelam e também as palavras. Me perco nos tropeços diários de uma existência nada além de cotidiana. Durmo, acordo, me olho no espelho... e é sempre a mesma pessoa. Leio, procuro e busco ser algo que eu nunca saberei que sou.
Agora o que eu quero realmente é parafrasear o Cazuza. Então, lá vai: "O nosso amor a gente inventa pra se distrair e quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu".
Lilly Farias
Hoje eu grito. Hoje ardo na minha revolução. Minha bandeira é vermelha, é comunista, é egoísta, é ego-centrista! E eu ardo...
Hoje des-construo. Hoje des-espero. Hoje eu quero gritar bem forte e deixar todos os demônios sairem.
É maio. Distante de 68. Mas é o maio da minha revolução.
No frio da noite cinzenta está o incêndio de uma revolução armada, calada e isolada.
A guerrilha esfarrapada toma todas as cidades da minha alma. O grande ditador foi derrubado. Viva a revolução! Hoje é o começo de uma nova era.